A Polícia de Paris investiga o assalto ocorrido no último domingo (19) ao Museu do Louvre, estimado em € 88 milhões (aproximadamente R$ 550 milhões). As autoridades suspeitam de uma quadrilha profissional contratada por um colecionador, que teria recebido informações internas sobre o esquema de segurança.
A promotora Laure Beccuau, responsável pelo caso, afirmou à emissora BFM TV que o ataque durou cerca de sete minutos. De acordo com a investigação, os ladrões usaram uma escada mecânica acoplada a um caminhão para alcançar o segundo andar do prédio e acessar a Galeria Apolo, onde estavam expostas joias da coroa francesa.
Entre as peças levadas estão uma tiara e um colar usados pelas rainhas Maria Amélia e Hortênsia, além de um diadema contendo 24 safiras do Ceilão e 1.083 diamantes. A coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, chegou a ser alvo dos criminosos, mas acabou ficando para trás.
Peritos analisam objetos deixados pelo grupo, incluindo uma garrafa com líquido e equipamentos utilizados na invasão. Mais de 100 investigadores participam da operação, que mobiliza a polícia francesa e o Ministério da Cultura.
O ex-ladrão de joias Larry Lawton, consultado pela rede Fox News, considera o furto resultado de informações privilegiadas. “Como eles sabiam a espessura do vidro e se havia alarme ali?”, questionou.
Relatório do Tribunal de Contas francês aponta que 75% das salas da ala Richelieu e 60% da ala Sully não possuem câmeras de vigilância. Nos últimos 15 anos, o Louvre perdeu 200 agentes de segurança enquanto o fluxo de visitantes aumentou 50%.
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O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, reconheceu falhas “graves” e anunciou uma revisão urgente dos protocolos de segurança em todos os museus nacionais. O Louvre permaneceu fechado na segunda-feira (20) e reabrirá gradualmente, mas a Galeria Apolo continuará interditada até nova ordem.
A presidente do museu, Laurence Des Cars, deverá prestar depoimento à Comissão de Assuntos Culturais do Senado francês ainda nesta semana.
Com informações de Hugo Gloss


