Bebê declarado morto chora durante velório em Rio Branco, volta a ser internado e morre dois dias depois

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Um recém-nascido prematuro surpreendeu familiares ao demonstrar sinais de vida durante o próprio velório em Rio Branco (AC). O bebê, identificado como José Pedro, havia sido dado como natimorto pela equipe da Maternidade Bárbara Heliodora na sexta-feira, 24 de outubro. No dia seguinte, ao abrirem o caixão para a despedida, parentes ouviram o choro da criança e a levaram imediatamente de volta ao hospital.

Segundo relatos da família, o menino permaneceu cerca de 12 horas em um saco funerário antes de ser colocado no caixão. Quando voltou à maternidade, apresentava hipotermia e estado clínico crítico. A pediatra neonatologista Mariana Collodetti, que assumiu o atendimento no sábado, informou que o quadro era gravíssimo por causa da prematuridade extrema — a gestação havia chegado apenas ao quinto mês.

Óbito confirmado 48 horas depois

Apesar da reanimação e da internação na UTI neonatal, José Pedro não resistiu. O óbito definitivo foi registrado às 23h15 de domingo, 26 de outubro, em decorrência de choque séptico e sepse neonatal, conforme laudo da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).

Mãe viajou do Amazonas em busca de assistência

A mãe, Sabrina Souza da Costa, saiu de Pauini, no interior do Amazonas, para a capital acreana em busca de estrutura adequada para o parto. A irmã dela, Maria Aparecida, afirmou que Sabrina já apresentava sangramento e dores antes do nascimento e classificou o episódio como negligência.

Investigações e afastamento de profissionais

A equipe médica que atestou a morte inicial foi afastada. A Sesacre instaurou investigação interna e destacou que a transferência da criança para outra unidade não foi cogitada pelo alto risco de piora. O caso também é apurado pela Polícia Civil, pelo Ministério Público do Acre e pelo Conselho Regional de Medicina.

Em nota, a diretora da maternidade, Simone Prado, manifestou solidariedade à família e reforçou o compromisso da instituição com ética e segurança no atendimento.

O primeiro laudo indicava hipóxia intrauterina — falta de oxigenação do feto — como causa do óbito declarado no parto. As investigações buscam esclarecer por que o bebê foi considerado morto e como sobreviveu por várias horas fora de condições adequadas.

O corpo de José Pedro foi liberado para sepultamento após a confirmação da morte na UTI.

Com informações de Hugo Gloss

Jefferson Lima
Jefferson Lima
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