Billie Eilish revelou que “Birds of a Feather” quase não entrou em seu álbum mais recente, Hit Me Hard and Soft. A informação foi dada em entrevista à Wall Street Journal, publicada na quarta-feira (29).
De acordo com a cantora, ela e o irmão, Finneas, passaram 11 meses trabalhando na faixa em um estúdio caseiro. Durante o processo, os dois discutiram diversas vezes sobre a direção da música e, especialmente, sobre o refrão que traz a frase “eu te amarei até o dia em que eu morrer”. Eilish disse que reescreveu esse trecho repetidamente para evitar um tom clichê.
Mesmo após concluir a produção, a artista considerou descartar a canção. “Várias vezes pensei: ‘Devemos jogar essa música fora’. Quando mostrei o álbum completo para a gravadora, avisei: ‘Gente, essa música é meio boba’”, lembrou.
Diferentemente das composições melancólicas pelas quais Eilish se tornou conhecida, “Birds of a Feather” apresenta clima mais leve e sintetizadores suaves. A cantora recordou que, no início da carreira, recebeu críticas por criar músicas consideradas “muito tristes” e sofreu pressão para lançar faixas mais animadas. Ainda assim, fez questão de incluir um elemento sombrio na letra — a ideia de que a vida é curta e deve ser aproveitada ao máximo.
Lançada em 2024, a música rendeu três indicações ao Grammy: Gravação do Ano, Música do Ano e Melhor Performance Pop Solo. No Spotify, acumula mais de 3 bilhões de reproduções em 481 dias, marca atingida em tempo recorde, e permanece no top 10 da parada global da plataforma, superando lançamentos mais recentes.
 
Imagem: Internet
Questionada sobre a decisão de manter sua identidade artística desde “Ocean Eyes”, gravada aos 16 anos, Billie Eilish disse sentir orgulho de não ter cedido à pressão para tornar as letras mais alegres. “Simplesmente não teria sido autêntico se tivéssemos feito isso”, afirmou.
Com informações de Hugo Gloss


