São Paulo — A família de Orival Pessini, criador e intérprete do personagem Fofão, afirmou que não ameaçou judicialmente o influenciador Vittor Fernando após a publicação de uma fantasia inspirada no ícone infantil. Segundo o representante da marca, o único pedido foi a remoção de um vídeo em que o personagem aparece fumando e bebendo.
Pedido de retirada
Em nota enviada nesta terça-feira (21), João de Paula, que representa Álvaro Gomes — herdeiro de Pessini —, explicou que entrou em contato com Vittor de forma “amigável” para solicitar a exclusão do material. “Nós não o ameaçamos; apenas pedimos para retirar o vídeo no qual o personagem está bebendo e fumando”, declarou. Ainda de acordo com De Paula, a família considerou o conteúdo um uso indevido da imagem, feito sem autorização prévia.
O representante encaminhou ao influenciador uma mensagem formal informando que o uso do personagem requer autorização e, em caso de descumprimento, medidas judiciais poderiam ser adotadas. “O uso do personagem só é permitido mediante solicitação formal e autorização prévia”, dizia o comunicado.
Decisão de apagar todos os posts
Vittor Fernando removeu todas as fotos e vídeos da fantasia, utilizada em um baile de Halloween no sábado (18). Em vídeo publicado nas redes sociais, o influenciador afirmou ter recebido mensagens com “ameaças de processo” e disse que preferiu apagar o material para evitar desgaste. Ele acrescentou que não ganhou dinheiro com a caracterização e recusou propostas de publicidade para não infringir direitos autorais.
A família Pessini alega que não exigiu a exclusão completa dos conteúdos. “A decisão de tirar tudo foi dele”, destacou De Paula. O representante reiterou que outras pessoas seguem se fantasiando de Fofão sem problemas, citando como exemplo o grupo Carreta Furacão — alvo de ação judicial em 2024 por explorar uma versão do personagem chamada Fonfon. Naquele processo, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou indenização de R$ 70 mil por danos morais e proibiu o uso comercial da figura.
Imagem: Internet
Para De Paula, o pedido feito a Vittor não difere de medidas adotadas por outras detentoras de propriedades intelectuais. “Se fosse um personagem da Turma da Mônica, a MSP também se manifestaria ao ver um uso pejorativo em vídeo”, argumentou.
Com informações de Hugo Gloss


