O programa Fantástico, da TV Globo, divulgou na noite de domingo (19) gravações que antecederam a prisão do influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, o Buzeira. A detenção ocorreu em 14 de maio, por volta das 6h, em uma mansão de luxo em Igaratá, interior de São Paulo, durante operação da Polícia Federal (PF) que apura suspeita de lavagem de dinheiro.
Minutos antes da abordagem
As câmeras de segurança da residência mostram o momento em que Buzeira se assusta ao notar a presença dos agentes e alerta a esposa, grávida. Ele pega um celular, dirige-se a outro cômodo e retira uma espingarda de um armário. Na sequência, carrega a arma, deixa o quarto, retorna, guarda o armamento, volta a segurá-lo junto com mais munição e é observado pela filha de quatro anos, que se levanta da cama.
Segundo a PF, houve tentativas de contato para que o influenciador abrisse a porta. Sem resposta, os policiais tentaram arrombá-la até que o irmão de Buzeira autorizou a entrada pela sacada. Imagens captadas pelas câmeras corporais dos agentes também mostram o instante da invasão e o momento em que o suspeito é algemado.
Armas e bens apreendidos
Durante a operação foram recolhidos uma espingarda calibre 12, três pistolas, um revólver e um rifle. Embora Buzeira possua registro de CAC (colecionador, atirador e caçador), a PF afirma que ele não tinha permissão para manter as armas na residência nem deixá-las ao alcance de terceiros.
Os agentes igualmente apreenderam veículos de luxo, mais de 30 motos, eletrônicos e duas pedras identificadas como esmeraldas, cada uma com certificado estimado em R$ 1,7 bilhão; a perícia determinará o valor real. Entre os automóveis recolhidos em São Paulo, um pode ultrapassar R$ 4 milhões e outro, considerado o “xodó” do influenciador, está avaliado em mais de R$ 5 milhões.
Imagem: Reprodução
Posicionamento da defesa
Em nota ao Fantástico, o advogado de Buzeira declarou que seu cliente “jamais teve envolvimento com tráfico de drogas, associação criminosa ou lavagem de dinheiro”. O contador do influenciador, Rodrigo Morgado, detido no mesmo dia 14, também negou participação em atividades ilícitas por meio de sua defesa, alegando que sempre atuou dentro da lei.
Com informações de Hugo Gloss


