Um tribunal do Reino Unido recebeu, nesta segunda-feira (20), o resultado oficial do exame de DNA que descarta qualquer vínculo genético entre a polonesa Julia Wandelt e a britânica Madeleine McCann, desaparecida em 2007 em Portugal.
De acordo com o depoimento da cientista Rosalyn Hammond, apresentado em audiência, as amostras coletadas de Wandelt após sua prisão, em fevereiro, não correspondem ao material genético de Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine. “O perfil de DNA de Julia Wandelt mostra que ela não é filha biológica de Kate e Gerry McCann, nem de nenhum dos dois individualmente”, afirmou a especialista.
Acusação de perseguição
Wandelt é ré por suspeita de stalking contra a família McCann, comportamento que, segundo a promotoria, dura mais de dois anos e meio. Ela teria enviado mensagens, cartas e feito visitas não autorizadas à residência do casal. No mesmo processo, a britânica Karen Spragg, 61 anos, também responde por perseguição.
Desaparecimento em 2007
Madeleine McCann desapareceu em 3 de maio de 2007, aos três anos, enquanto passava férias com os pais e os irmãos na Praia da Luz, região do Algarve, em Portugal. A menina dividia o quarto de um apartamento turístico com os gêmeos Sean e Amelie, então com dois anos. Kate e Gerry jantavam num restaurante dentro do mesmo complexo quando perceberam o sumiço.
Imagem: Getty
O caso ganhou repercussão mundial e segue oficialmente sem solução. Entre os investigados, o alemão Christian Brückner é considerado o principal suspeito do sequestro. Ele deixou a penitenciária de Sehnde, no norte da Alemanha, em 17 de setembro, após cumprir parte da pena pelo estupro da norte-americana Diana Menkes, 72 anos.
A Justiça britânica mantém as investigações abertas, mas, segundo o laudo divulgado nesta segunda, Julia Wandelt está definitivamente excluída da lista de possíveis identificações de Madeleine.
Com informações de Hugo Gloss


