Mãe de policial morto em megaoperação no Rio relata como recebeu a notícia e culpa governador Cláudio Castro

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A mãe do inspetor Rodrigo Velloso, de 34 anos, morto na terça-feira (28) durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, afirmou ter tomado conhecimento da morte do filho pela televisão. Em entrevista publicada nesta quarta-feira (29) pelo jornal O Globo, Débora Velloso atribuiu a responsabilidade pela tragédia ao governador Cláudio Castro.

Segundo Débora, a confirmação ocorreu quando ela assistia a um telejornal que noticiou o óbito de um policial: “Meu coração apertou quando falaram que um policial morreu. Quando apareceu o nome dele, entrei em desespero”. Ela contou que, pouco antes de sair para a operação, Rodrigo se despediu dizendo: “Mamãe, te amo. Volto em breve”. O agente tinha apenas 40 dias de atuação na Polícia Civil e estava lotado na 39ª DP (Pavuna).

Rodrigo foi atingido por um tiro na nuca durante o cerco policial que mobilizou 2,5 mil agentes. O velório e o sepultamento ocorreram no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil, reunindo cerca de 150 pessoas, entre elas comandantes da Polícia Civil e da Polícia Militar.

Saldo da operação

De acordo com o Governo do Estado, a ação resultou em 121 mortes, incluindo quatro agentes de segurança. O secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, informou que 117 suspeitos morreram e 113 pessoas foram presas, sendo 33 vindas de outros estados. O objetivo, segundo as autoridades, era conter a expansão da facção Comando Vermelho para outras regiões do país.

Moradores relatam ter encontrado ao menos 74 corpos na mata da Serra da Misericórdia, que foram levados à Praça São Lucas, no Complexo da Penha, para facilitar a identificação por familiares.

Mãe de policial morto em megaoperação no Rio relata como recebeu a notícia e culpa governador Cláudio Castro - Imagem do artigo original

Imagem: Internet

Reações oficiais

O governador Cláudio Castro classificou a operação como “um sucesso” e declarou que, na contagem oficial, apenas os quatro policiais seriam considerados vítimas até que todos os corpos sejam periciados. O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, disse que o “dano colateral foi muito pequeno”, alegando que apenas quatro pessoas inocentes morreram.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota defendendo um esforço nacional contra o crime organizado e pedindo ações que preservem vidas de policiais e civis. O presidente citou a PEC da Segurança, parada no Congresso desde abril, como caminho para integrar forças federais e estaduais no enfrentamento às facções.

Com informações de Hugo Gloss

Jefferson Lima
Jefferson Lima
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