Um piloto de automobilismo australiano, de 40 anos, está sendo investigado pelo Ministério Público do cantão de Vaud, na Suíça, sob suspeita de estuprar uma enfermeira de Michael Schumacher dentro da residência da família do heptacampeão de Fórmula 1, em Gland. O crime teria ocorrido na noite de 23 de novembro de 2019.
De acordo com o jornal suíço 24heures, o acusado era próximo de Mick Schumacher, filho de Michael, e usava a casa da família para se hospedar durante compromissos esportivos na Europa, evitando deslocamentos à Oceania. O piloto atualmente está afastado das pistas por causa de uma suspensão por doping.
A vítima, de 30 anos, integrava a equipe que presta cuidados contínuos ao ex-piloto alemão desde o grave acidente de esqui sofrido por Schumacher em Méribel, em 2013. Segundo a denúncia, ela, o australiano e outros colegas beberam em um dos cômodos da mansão. Sentindo-se mal, a enfermeira foi levada para um quarto destinado a funcionários com auxílio do suspeito e de um fisioterapeuta.
Os promotores afirmam que o piloto retornou sozinho ao aposento pouco tempo depois e abusou sexualmente da mulher duas vezes, aproveitando-se de seu estado de inconsciência. Os demais presentes disseram não ter presenciado nem ouvido nada.
Na manhã seguinte, a enfermeira acordou sem lembrar dos acontecimentos, mas identificou sinais físicos do abuso e trocou mensagens com o suspeito, confrontando-o. Ela registrou queixa dois anos mais tarde, em janeiro de 2022, após ter sido demitida pela família Schumacher. Nenhum membro da família estava em casa no momento dos fatos nem foi chamado a depor.
Imagem: Getty
O julgamento estava marcado para as 9h desta quarta-feira (15), porém o réu não compareceu. Seu advogado alegou impossibilidade de viagem a partir da Austrália e solicitou adiamento. O piloto nega o crime, sustentando que a relação foi consensual.
Com informações de Hugo Gloss


