A presidente do México, Claudia Sheinbaum, sofreu assédio sexual enquanto participava de uma caminhada com apoiadores no centro da Cidade do México na terça-feira (4). O momento foi registrado em vídeo e se espalhou rapidamente pelas redes sociais.
Nas imagens, a mandatária aparece cumprimentando simpatizantes a caminho de um evento próximo ao Palácio Nacional. Sem a presença imediata de seguranças, um homem se aproxima, coloca o braço sobre o ombro da presidente e, com a outra mão, toca sua cintura e seus seios, tentando em seguida beijá-la no pescoço.
Um agente de segurança interveio logo depois e afastou o agressor, identificado como Uriel Rivera, que segundo relatos parecia estar sob efeito de álcool ou drogas. Apesar da abordagem, Sheinbaum manteve a calma, chegou a posar para uma foto com o homem e deu um leve tapinha em suas costas antes de retomar o trajeto.
Após a repercussão do vídeo, autoridades locais informaram que Rivera foi detido e permanece sob custódia da Promotoria especializada em crimes sexuais. Em declaração à imprensa, Sheinbaum disse que só percebeu a gravidade da situação ao assistir às gravações e anunciou que apresentará queixa formal contra o suspeito.
“Decidi apresentar queixa porque isso é algo que todas as mulheres do nosso país vivenciam. Se fazem isso com a presidente, o que acontecerá com todas as outras mulheres?”, afirmou. A chefe do Executivo acrescentou que, em parceria com a secretária de Assuntos da Mulher, Citlalli Hernández, vai revisar legislações estaduais para que o assédio de rua seja criminalizado em todo o território nacional. Atualmente, na Cidade do México, a prática pode resultar em até quatro anos de prisão.
Imagem: Ricardo Stuckert
Hernández também se manifestou nas redes sociais, repudiando o episódio e criticando a normalização da invasão ao espaço pessoal das mulheres.
Com informações de Hugo Gloss


