As princesas Beatrice, 37 anos, e Eugenie, 35, continuarão a ostentar o título de Alteza Real e permanecerão na linha de sucessão ao trono britânico, apesar da decisão do rei Charles III de retirar as honrarias do pai delas, Andrew. A confirmação foi publicada pela revista People após o Palácio de Buckingham formalizar, nesta quinta-feira (data não informada), o processo que suprime os títulos do duque de York.
Filhas de um herdeiro da falecida rainha Elizabeth II, as duas princesas estão protegidas pelas Cartas Patentes emitidas em 1917 pelo rei George V, que garantem a manutenção dos estilos reais a descendentes diretos de soberanos. Com isso, Beatrice segue como nona na sucessão, enquanto Eugenie ocupa a 12ª posição.
Embora preservem status e participem de cerimônias importantes — como o Natal em Sandringham —, as irmãs não atuam em tempo integral na monarquia. Ambas desenvolvem carreiras no setor privado e só aparecem em eventos oficiais de maior porte.
Destituição de Andrew
No mesmo comunicado que assegura os títulos das filhas, o Palácio de Buckingham informou que Andrew passará a ser tratado publicamente como Andrew Mountbatten Windsor, sem o uso de “príncipe”. O aviso encerra também o contrato de arrendamento do Royal Lodge, residência que ocupava nos arredores de Windsor, obrigando-o a buscar novo endereço.
As medidas seguem a escolha do próprio Andrew, em 17 de outubro, de renunciar voluntariamente a todos os títulos e honrarias diante da renovada atenção sobre sua ligação com o bilionário Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual. O escrutínio aumentou com a iminente publicação, em 21 de outubro, de um livro póstumo de Virginia Giuffre, que diz ter sido traficada para o duque.
 
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O afastamento de Andrew da vida pública começou em 2019, depois de entrevista ao programa Newsnight, da BBC, sobre sua relação com Epstein. Em janeiro de 2022, Elizabeth II já havia retirado os títulos militares e patronatos do filho após um juiz rejeitar a tentativa de arquivamento do processo de agressão sexual movido por Giuffre.
Ao encerrar o comunicado desta quinta, o Palácio reforçou que o rei Charles III e a rainha Camilla “mantêm as mais profundas condolências às vítimas e sobreviventes de todas as formas de abuso”.
Com informações de Hugo Gloss


