O príncipe William e a princesa Kate reforçaram uma política de tolerância zero a escândalos dentro da Casa de Windsor depois do ressurgimento de provas que ligam o príncipe Andrew ao bilionário norte-americano Jeffrey Epstein, acusado de comandar um esquema de exploração sexual de menores.
Acusações antigas ganham fôlego
Andrew, 64 anos, já havia sido apontado em 2021 pela norte-americana Virginia Giuffre como responsável por tê-la estuprado quando ela tinha 17 anos. Segundo a vítima, ela foi traficada por Epstein para passar dois dias a sós com o então duque de York, que tinha 41. O processo foi encerrado fora dos tribunais em 2022, mas o príncipe continuou negando todas as acusações.
Nas últimas semanas, documentos e depoimentos voltaram a relacionar Andrew ao círculo de Epstein. A repercussão o levou a renunciar, em 17 de maio, aos títulos e honrarias que ainda mantinha, repetindo gesto semelhante ao de 2019, quando as primeiras revelações vieram a público.
Postura “implacável” de William e Kate
De acordo com a consultora de realeza Hilary Fordwich, em entrevista à Fox News Digital divulgada em 27 de maio, William e Kate passaram a atuar nos bastidores para minimizar impactos à monarquia. A dupla, afirma a especialista, não pretende permitir que qualquer parente comprometa a imagem da coroa.
A jornalista britânica Helena Chard reforça que o herdeiro do trono quer preservar o pai, rei Charles III, dos danos. Entre as decisões comentadas por fontes ligadas ao Palácio, estaria a proibição de Andrew em eventos oficiais, inclusive na futura coroação de William.
Chard descreve o príncipe de Gales como “mais prático e inflexível” que o rei. Para ela, William prefere um “rompimento rápido e limpo” com o tio antes que novas denúncias agravem o desgaste público da instituição.
Pressão por afastamento definitivo
Analistas como Richard Fitzwilliams avaliam que o tema precisa estar resolvido antes de William ascender ao trono. A maior delicadeza, segundo ele, será definir o papel das princesas Beatrice e Eugenie, filhas de Andrew, em futuros compromissos reais.
Imagem: Internet
Disputa por residências
Paralelamente, o rei Charles tem insistido para que Andrew e a ex-esposa, Sarah Ferguson, deixem o Royal Lodge, em Windsor. O imóvel de 30 quartos foi concedido em 2008 por contrato de arrendamento válido até 2078, mas o ex-duque não pagaria aluguel há mais de 20 anos. Como alternativa, o monarca ofereceu a Frogmore Cottage, recusada por Andrew, e sugeriu o Adelaide Cottage, antiga casa de William e Kate.
Fontes próximas ao casal afirmam que Andrew e Sarah propuseram ocupar as duas propriedades, ideia que ainda está em negociação.
Investigação em curso
Além das implicações civis já solucionadas, Andrew é investigado por supostamente solicitar a um policial informações sobre Virginia Giuffre. A fundadora da ONG Victims Refuse Silence morreu em abril de 2025, aos 41 anos, por suicídio.
Com o avanço das apurações e a nova postura de William e Kate, aumenta a pressão para que o príncipe Andrew seja afastado em definitivo da vida pública, medida considerada essencial para proteger o futuro da monarquia britânica.
Com informações de Hugo Gloss


